21 de maio de 2012

Maturidade


Desde o topo da vida
Começo a intuir o fim
Quando as luzes se extingam
E as vozes se percam na noite

Com um olhar passageiro
Se faz releitura dos passos
Quanto deserto inalterado
E que pouca vida germinada!

Outros dirão que não é certo
Que foi uma aventura única
Mas o coração continua exausto
Afogado na sede do eterno

Chegado ao fim das tentativas
Me seguro nas derradeiras forças
Revivendo comovido os sonhos
Agradecendo a vida entregada

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