25 de abril de 2011

Amor criança

Cegueira
Dúvidas
Receios adventícios
Fazem parte da rotina de quem ama

Sem pauta marcada
Sem avisar nem se anunciar
O temor se convida e tudo se abala
Os sentimentos se alvoroçam
As imagens se misturam
E os sonhos se desvanecem

Sem perceber verte-se o alento
E as forças extinguem-se silenciosas

Não julgues meu dizer nem meu calar
Não forces mais as cordas do coração
Tentando extrair a última gota
De um amor ainda criança
De um sentimento em gestação
De uma vida que apenas desabrocha

Bebe de mim desejos e sonhos
Tira deste poço escuro
As trevas que me invadem
E abre-me a novos ares e melhores dias
Onde o amor seja adulto
E a vida derramada

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